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Queer

Ontem pudemos assistir ao desfile de mais de 200 000 manifestantes na Marcha do Orgulho LGBTQIA+ de Budapeste, a maior de sempre na cidade. A dimensão do protesto não é indiferente às medidas repressivas que Orbán e o seu partido, Fidesz, têm imposto à comunidade LGBTQIA+. Autoproclamado defensor dos valores cristãos e das famílias tradicionais, Orbán afirma que os direitos LGBTQIA+ ameaçam a identidade nacional e os modelos familiares heterossexuais.

No passado mês de março, a direita húngara propôs a 15.ª reforma constitucional desde que chegou ao poder. Desta feita, o projeto proíbe manifestações no Dia do Orgulho LGBTQ+ e estabelece que existem apenas dois géneros, masculino e feminino, num texto que coloca o homem acima da mulher.

Orbán defende que qualquer evento ou conteúdo LGBTQIA+ que afirme existências dissidentes ou celebre transgressões de género na presença de menores — disfarçado pela máscara hipócrita de uma pretensa proteção das crianças — deve ser proibido.


Participantes da Marcha do Orgulho LGBTQIA+ de Budapeste, realizado no dia 28 de junho de 2025, atravessam a Ponte Erzsébet sobre o Danúbio. Foto: Reuters.

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