Caderno 1 – Do pós-Guerra a Stonewall
Atualizado em 2025-07-27
O Caderno 1, do pós-guerra a Stonewall, traça um percurso desde a repressão sistemática das pessoas cuir no pós-guerra dos E.U.A. até à revolta de Stonewall, evidenciando que a luta LGBTQIA+ é feita de resistências persistentes, tensões internas e conquistas disputadas. O ciclo inicia-se com a “ameaça lavanda” e a perseguição institucionalizada através da Ordem Executiva 10450, que cimentaram décadas de exclusão e silenciamento. Apesar da violência social e policial, emergiram focos de contestação que anteciparam Stonewall, um momento fundador da resistência cuir. Os motins de 1969 não encerraram a luta, mas abriram novas frentes, acompanhadas por narrativas mediáticas manipuladas e por disputas internas entre agendas de respeitabilidade e revolta. O percurso revela que os direitos nunca foram garantidos – são construções contínuas e precárias que exigem vigilância, memória e solidariedade transversal.
Parte I — A Ameaça Lavanda: Fragmentos de uma Resistência Silenciada
A perseguição às pessoas LGBTQIA+ intensificou-se no pós-guerra, sobretudo através do macartismo e da “ameaça lavanda”, silenciando vidas queer e alimentando décadas de repressão institucional e social nos Estados Unidos.
Parte II — Ordem Executiva 10450: Cartografia do Silêncio
A Ordem Executiva 10450 institucionalizou a exclusão de pessoas LGBTQIA+ dos empregos federais, consolidando um regime de vigilância e silêncio que perpetuou a marginalização e o medo no quotidiano de muitas vidas queer.
Parte III — Antes de Stonewall: Ecos de Rebelião Cuir
Antes de Stonewall, surgiram focos de resistência queer, incluindo manifestações e formação de coletivos, desafiando normas sociais e abrindo caminho para futuras revoltas, apesar da repressão policial e da hostilidade generalizada.
Parte IV — Antes de Stonewall: Protestos, Prisões e Resistência (1964-1968)
Entre 1964 e 1968, movimentos LGBTQIA+ protagonizaram protestos e atos de resistência que confrontaram diretamente a violência policial e o apagamento, antecipando a explosão social da revolta de Stonewall.
Parte V — Stonewall: A Noite em que a Revolta Começou
A 28 de junho de 1969, a resistência queer irrompeu nas ruas de Nova Iorque. A revolta de Stonewall tornou-se um marco histórico e simbólico na luta pelos direitos LGBTQIA+.
Parte VI — Stonewall Não Foi um Espetáculo
A cobertura mediática dos motins de Stonewall oscilou entre o escárnio e a distorção. A imprensa ocultou as vozes protagonistas, perpetuando a marginalização e a construção de narrativas desumanizantes sobre a revolta.
Parte VII — Entre a Respeitabilidade e a Revolta
Após Stonewall, o movimento LGBTQIA+ enfrentou tensões entre a busca de respeitabilidade e a resistência radical, com exclusões internas e tentativas de apropriação das lutas por agendas homonormativas.
Parte VIII – Fendas, Fronteiras e Futuro da Resistência Cuir (Brevemente disponível)
O pós-Stonewall revela conquistas e exclusões. Persistem a homofobia estrutural, crimes de ódio e resistência à autodeterminação trans. Em Portugal, o caminho abriu-se após 1974, mas a luta pela dignidade plena continua.
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Por Orlando Figueiredo, desde as margens.
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